
Um sábado comum, como os outros. Estou sozinha buscando entender certas coisas, e você me liga. Assim que escuto sua voz sinto um calafrio percorrer meu corpo. Simplesmente fecho meus olhos e pergunto se está tudo bem, afinal, é quase meia noite e não nos falamos durante a semana toda. Você diz que quer conversar, e que precisa me falar algo. É melhor que seje algo bom. Digo para que fique à vontade para falar. Então você começa: "Eu queria te contar uma história, posso?", não precisei responder, você suspirou e recomeçou: "A um tempo eu conheci uma garota. Confesso que fui falar com ela sem intenção alguma, e depois de um tempo eu me apeguei. Sabe o que abraçar é alguém e sei lá, se sentir bem? As vezes eu penso que é besteira, mas não é o que parece. (suspiro) Ah, se todas as noites eu pudesse escutar sua voz, se todos os dias eu pudesse ser o motivo dos teus sorrisos. Será que ainda é possível? Eu não quero que acabe". Eu digo para você que está história já tinha um ponto final, e você contraria. E pergunta novamente se seria possível. Sabe, eu sei que as pessoas erram, sei também que eu me apeguei a você, então eu respondo baixinho: "Acho que podemos tentar...".
Então, eu acordo, e imediatamente sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Vejo se recebi alguma mensagem, ou se há alguma chamada perdida. Por um segundo um sorriso se forma, mas rapidamente ele se perde em meio a ilusão. Foi só um sonho.